O ABSURDO SILÊNCIO EM MEIO A CHACINA DOS YANOMAMIS
Faltam palavras para expressar o quanto estamos indignados e derrubados com o tamanho da desgraça e violência que vêm sendo cometidas contra os povos indígenas nesse contínuo genocidio que não cessa desde 1500.
Além de todo apagamento cultural que os povos originários passam constantemente.
Isolados nas aldeias e periferias do país o grito dos povos indígenas segue abafado. Os últimos casos com os Yanomamis mais especificamente na região de Aracaçá (região de Roraima) deixa uma marca gigantesca de sangue e injustiça no território falsamente chamado de brasileiro.
O governo genocida e fascista do presidente Bolsonaro segue numa crescente e cumprindo seus objetivos de extermínio enquanto a esquerda só consegue enxergar eleições e disputas parlamentares. No que se refere às mídias de esquerda Antifascistas ou qualquer coisa que o valha, apenas noticiamos tragédias e mobilizações internacionais de 1 de Maio (de russos a ucranianos, ou os franceses) . Enquanto esse silêncio for da nossa parte, enquanto não nos mobilizarmos de fato e dar a mesma ênfase que damos às mortes de ucranianos aí sim estaremos de fato a um oceano de distância de qualquer revolução real.
É óbvio que nada poderemos fazer de lugares distantes, mas nem o mínimo passo que é focar nossos esforços em divulgar essas lutas e nos aproximar desses territórios e organizar mobilizações em apoio estamos dando.
Ou a gente entende que a luta indígena é essencial para a construção de uma esquerda revolucionária coerente, ou cairemos sempre em premissas européias de como devemos formar nossas bases e frentes. O silêncio sobre esse caso nos perturba e nos afoga em uma terrível desesperança sobre toda a situação que vivemos.
Fonte: Frente Anarquista da Periferia.